terça-feira, 3 de novembro de 2009

Ceará do processo de independência ao período regencial

  • Processo de independência: o poder local foi entregue a uma junta governativa chefiada por Porbém Barbosa (ligado a Portugal e contra as pretensões emancipacionistas brasileiras). Com a convocação a constituinte brasileira, essa primeira junta governativa demorou para escolher os representantes cearenses → eclodiu no Crato um movimento para depor o governo de Porbém Barbosa → Os rebeldes derrotaram-no e elegeram uma outra junta governativa, favorável a independência, sob as ordens de Pereira Filgueiras → Formaram-se, pois, dois governos na província; mas Porbém Barbosa acabou renunciando, passando o poder para Filgueiras em Janeiro de 1823 → Pouco tempo depois, elegeu-se uma terceira junta governativa, entregue ao Padre Francisco Pinheiro Landim (Foi na administração deste que se elevou a capital cearense à condição de cidade em 11-03-1823, com nome de Fortaleza de Nova Bragança)
  • A Rebelião de Fidié: Após o “7 de setembro de 1822”, algumas províncias, domi­nadas por portugueses, recusaram-se aceitar a independência do Brasil. No Piauí, isso ficou a cargo do major João José da Cunha Fidié.Perante a ameaça de Fidié, também de invadir o Ceará, o governo local resolveu enviar tropas comandadas por Pereira Filgueiras e Tristão Gonçalves. Sucederam-se, então, confrontos entre os cearenses e os portugueses, até a derrota destes últimos em Caxias do Maranhão em agosto de 1823.
  • Confederação do Equador de 1824: o Ceará aderiu devido a influencia de Pernambuco e aos interesses dos liberais locais (contra a centralização do poder). Em 1824 os liberais (liderados por Pereira Filgueiras e Tristão Gonçalves) depuseram o governador absolutista Costa Barros → nomearam Tristão Gonçalves presidente da provincia e a anexação do Ceará a Confederação → o Ceará foi a última província a se render. A comissão militar ou “comissão de sangue” condenou grande parte dos revoltosos a morte (com exceção de Jose Martiniano de Alencar)
  • Sedição de Pinto Madeira: Os liberais cearenses receberam com alegria a abdicação de D. Pedro I e passaram a perseguir os partidários deste. O mais visado foi o coronel de milícias Pinto Meira, de Jardim. .A Sedição de Pinto Madeira foi uma guerra ocorrida nos anos de 1831 e 1832, na qual cofrontaram-se coronéis do Crato, de tendência liberal, e de Jardim, absolutista, buscando o domínio político do Cariri e o retorno ao trono de D. Pedro I. Em outubro de 1832, Pinto Madeira rendeu-se. Após vários adiamentos, foi julgado e culpado, sendo condenado a pena de morte.
  • Período Regencial – partidos: liberal era liderado pelo Senador Alencar, reunindo os maiores latifundiários da província. O partido conservador reunia os comerciantes, militares e alguns fazendeiros. Os liberais comandaram a província até 1837. o maio destaque foi entre 1834 e 1837 governou José Martiniano de Alencar, o senador Alencar, figura polêmica conhecida como autoritário e bom administrador. (Entre suas realizações, construiu estradas, financiou a agricultura e instalou o Banco Provincial do Ceará. Contudo, promoveu intensa perseguição aos adversários políticos.) De 1937 a 1940 os conservadores coman­daram o Ceará. Com o golpe da maioridade, os liberais retomaram o controle do Ceará.

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