terça-feira, 3 de novembro de 2009

CEARÁ COLÔNIA – INÍCIO DA OCUPAÇÃO

  • Introdução: · Até o século XVII estávamos abandonados: correntes marítimas e aéreas, os índios bravios e presença de estrangeiros, clima árido, não apresentava atrativos econômicos (metais preciosos ou especiarias). · Objetivos do inicio da ocupação: proteger a região das invasões estrangeiras (franceses) e servir de ponto de apoio para a ocupação da região Norte.
  • As Tentativas oficiais. · 1ª Tentativa oficial, 1603, Pero Coelho de Sousa: teve o direito de explorar a região. Fundou os fortes: São Tiago (Rio Ceara, foi destruído pelos índios) → São Lourenço (Rio Jaguaribe, não resistiu as secas de 1605 a 1607 e aos ataques indígenas). · 2ª Tentativa oficial, 1607/08, Francisco Pinto e Luis Figueiras: jesuítas que vi9ham catequizar os índios. Foram atacados pela tribo dos tacarijus, só Luis Figueiras conseguiu fugir. · 3ª Tentativa oficial, Martim Soares Moreno, 1611 a 1631: considerado pela historiografia tradicional como o grande fundador do Ceará. Fundou Forte São Sebastião, era hábil com o índio, procurou desenvolver a pecuária e a cana-de-açúcar.
  • A presença holandesa no Ceará. · Objetivo servir de apoio a dominação de Pernambuco. · Conquistaram o Forte São Sebastião em 1937 → o forte foi destruído e os holandeses expulsos do Ceará pelos índios → em 1649, liderado por Matias Beck, retornam e fundam o Forte Shoonenborch → que em 1654 é tomado pelos portugueses → passa a se chamar: Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção. ATENÇAO: DE 1621 A 1656 O CEARÁ ERA SUBORDINADO AO MARANHÃO → PASSANDO DAÍ AO DOMINIO PERNAMBUCANO ATÉ 1799. ECONOMIA CEARENSE NA COLÔNIA
  • A Pecuária: · Ganhou força e ocupou os sertões cearense a partir do ultimo quartel do século XVII. Contribuíram para o povoamento dos sertões: a crise econômica lusa, o aumento do número de reses no litoral e a própria Carta régia de 1701. A ocupação dos sertões ocorreu com 2 correntes de povoamento: Sertão de fora, dominada por pernambucanos, vindos pelo litoral, e Sertão de Dentro, dominada por Baianos. Na ocupação verificou-se o extermínio de índio, embora este reagisse. · Para expansão pecuarista, contribuíram fatores como as vastas extensões, as abundantes pastagens, o caráter salino do solo, a própria facilidade na aquisição das sesmarias, a exigência de pouco capital para o estabelecimento das fazendas, além do fato de que, o gado, na hora da comercialização, dispensava as despesas com transporte, pois consistia num produto que se autotransportava - daí a afirmação segundo a qual o boi era mercadoria, transporte e frete. · O símbolo maior da pecuária foi o vaqueiro; pouco se utilizou o negro no criatório que, ao mesmo tempo, facilitava o uso do índio "manso". A fazenda era a unidade econômico-social dos sertões, dominados pelos coronéis. · A vultosa quantidade pecuarista opunha-se a diminuta população da capitania; a solução para tal, de início, foi a venda do gado, vivo, nas feiras de Pernambuco, Bahia e Minas Gerais. Nesses caminhos, o gado chegava abatido e sem valor, o que motivou o início da comercialização do gado abatido.
  • As Charqueadas ( metade do século XVIII) · Para o desenvolvimento do charque contri­buíram os ventos constantes, a baixa umidade relativa do ar, a existência do sal, o grande rebanho da capitania e a necessidade de poucos recursos para instalação das oficinas de charque. · As charqueadas possibilitaram uma divisão do trabalho e uma interpenetração comercial entre o sertão e o litoral; o surgimento de um mercado interno; o desenvolvimento de núcleos urbanos e uma diversificação da produção local, com o couro, sobretudo. · O couro por ser bastante usado pelos campo­neses, fez surgir uma "civilização do couro". · Do principal produtor de charque, Aracati, as oficinas propagaram-se para Acaraú, Sobral, Camocim e Granja. Dali a carne era levada para Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, onde serviria de alimento para pobres e escravos. · No final do século XVIII, devido às secas (1777-78 e 1790 a 1793), à concorrência gaúcha e ao desenvolvimento da cotonicultura, o charque entrou em decadência.
  • O Algodão · O algodão, já conhecido dos índios, de início possuía pequeno cultivo, mas, com a demanda externa (provocada pela revolução industrial e pela guerra de independência dos EUA – 1774-83) houve uma grande expansão. · A cotonicultura foi praticada não só em latifúndios, mas também em médias e pequenas propriedades, possibilitando o binômio gado­-algodão. Pouco empregou a mão-de-obra negra. · Fortaleza tornou-se o maior centro coletor da produção algodoeira interiorana, fato que contribuiu para consolidá-Ia como principal núcleo urbano do Ceará na segunda metade do século XIX. · O auge do algodão cearense aconteceu durante a guerra da secessão norte-americana (1861-64). Também desenvolveram-se no Ceará colonial as lavouras de subsistência, a exploração Ceará subordinado a Pernambuco (1656 – 1799) · o objetivo da metrópole era dinamizar a cobrança de impostos e submeter os senhores de terras ao mando da coroa. · Esse período era prejudicial a economia cearense, pois as mercadoria tinham que passar por Recife antes de ir para Lisboa. · Os governadores cearenses mais destacados após esse período até A INDEPENDENCIA foram: Barba Alado (1808-12, que governo o Ceará no momento da Abertura dos Portos) e Governador Sampaio (1812-20, que enfrentou a Insurreição Pernambucana de 1817 no Ceará, e trouxe Silva Paulet que elaborou a primeira planta urbanística de Fortaleza, criou os correios)

4 comentários:

  1. Adorei o site.
    Não detalha muito a história, mais pra um resumo está muito bom.

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  2. Nossa, achei praticamente tudo de um trabalho meu aqui.

    Muito bom, parabéns!

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  3. Gostei muito do blog.
    São resumos bem interessantes, adorei!

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