quinta-feira, 3 de setembro de 2009

DITADURA MILITAR – “ANOS DE CHUMBO” (1964–1985) NO Brasil – PARTE II


  • Governo Médici (1969-74)
    · Médici governou o país com grande violência, de 1969 a 1974 - período em que a repressão e a tor­tura atingiram extremos -, além de instaurar a censura aos meios de comunicação. O pretexto desse radicalismo era a intensificação da luta armada con­tra o regime.
    · AUGE DA REPRESSÃO E CENSURA: Órgãos repressores 1. Destacamento de Operações Internas e Comando Operacional da Defesa Interna (DOI-CODI), 2. Operação Bandeirante (OBAN); 3. Comando de Caça aos Comunistas (CCC). 4. Serviço nacional de INTELIGÊNCIA (SNI)
    · Programa de Governo – Execução do Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), que tinha por objetivo promover o crescimento econômico do País.
    · Milagre Brasileiro – A proposta do ministro do Planejamento, Delfim Neto, consistia em concentrar a renda, formando um “bolo econômico”, a ser posteriormente dividido. Crise do milagre econômico: 1973 com a crise mundial do petróleo. Conseqüências: arrocho salarial, desemprego, recessão, endividamento externo, inchaço da maquina publica, desnacionalização da economia e desperdício de recursos públicos.
    · Exílio político – Os direitos fundamentais do cidadão estavam suspensos. Qualquer um podia ser preso e exilado se fosse desejo do governo. Nas escolas, nas fábricas, na imprensa, nas artes, a sociedade brasileira sentia a mão de ferro da ditadura.
    · Propaganda – O governo gastava milhões com propagandas destinadas à melhoria da própria imagem junto ao povo. Um dos slogans marcantes dessa campanha: “Brasil: ame-o ou deixe-o”.
    · Resposta dos grupos esquerdistas – Os grupos de esquerda (ANL, POC, AP, Avante!, Molipo, PCB, PC do B, MR-8, VPR) decidiram-se pela luta armada, em ações isoladas, como única forma de derrotar o regime. Passaram a atuar na clandestinidade, fazendo:Assaltos a bancos para financiar as ações de resistência; Seqüestros de diplomatas; Luta armada (focos urbanos e a famosa guerrilha do Araguaia).
    · Outras criações do governo Médici:Programa de Integração Nacional (PIN), criando obras faraônicas, como a Transamazônica.Programa de Integração Social (PIS), dando participação aos trabalhadores nos lucros das empresas. Criou também o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP). MOBRAL (movimento brasileiro de alfabetização)


  • Ernesto Geisel (1974–1979)
    · Principal proposta: distensão do regime – “Abertura lenta, gradual e segura”. O que desagradou a “linha-dura”.
    · Retrocesso do regime: Pacote de Abril (1977) – Medidas destinadas a garantir a vitória da Arena nas eleições parlamentares de 1978, ao Congresso Nacional, determinaram que:1. Estava incluída a Lei Falcão (os candidatos estavam proibidos de aparecerem ao vivo na TV e Radio na campanha eleitoral). 2. Um terço dos senadores não seria mais eleito, mas indicado pelo Governo Federal. Esses senadores passariam a ser chamados de “Senadores Biônicos”. 3. aumento do mandato presidencial de 5 para 6 anos.
    · Linha Dura: Suicídio de Vladimir Herzog e Manoel Fiel Filho.
    · Crise econômica não sustenta ditadura.


  • GOVERNO FIGUEIREDO (1979-1985)
    · Abertura política – Prosseguimento das medidas democráticas iniciadas pelo governo Geisel: 1. Anistia geral concedida em 1979 aos condenados por crime político. 2. Reforma partidária, em 1979, que extinguiu o bipartidarismo e trouxe o retorno do pluripartidarismo. 3. Restabelecimento das eleições diretas para governador de Estado em 1980.
    · Continuação da crise econômica: desemprego, inflação, juros altos. Desgaste maior do Governo.
    · Reação popular: “campanha das diretas já”, greves e movimentos estudantis.
    · REAÇAO DA Linha Dura: Atentado Riocntro, contra a OAB.Partidos: ARENA (PDS E PFL), MDB(PMDB), PP, PT, PTB, PDT.

Atentado Riocentro

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