terça-feira, 11 de agosto de 2009

ECONOMIA CEARENSE NA COLÔNIA

  • A Pecuária: · Ganhou força e ocupou os sertões cearense a partir do ultimo quartel do século XVII. Contribuíram para o povoamento dos sertões: a crise econômica lusa, o aumento do número de reses no litoral e a própria Carta régia de 1701. A ocupação dos sertões ocorreu com 2 correntes de povoamento: Sertão de fora, dominada por pernambucanos, vindos pelo litoral, e Sertão de Dentro, dominada por Baianos. Na ocupação verificou-se o extermínio de índio, embora este reagisse. · Para expansão pecuarista, contribuíram fatores como as vastas extensões, as abundantes pastagens, o caráter salino do solo, a própria facilidade na aquisição das sesmarias, a exigência de pouco capital para o estabelecimento das fazendas, além do fato de que, o gado, na hora da comercialização, dispensava as despesas com transporte, pois consistia num produto que se autotransportava - daí a afirmação segundo a qual o boi era mercadoria, transporte e frete. · O símbolo maior da pecuária foi o vaqueiro; pouco se utilizou o negro no criatório que, ao mesmo tempo, facilitava o uso do índio "manso". A fazenda era a unidade econômico-social dos sertões, dominados pelos coronéis. · A vultosa quantidade pecuarista opunha-se a diminuta população da capitania; a solução para tal, de início, foi a venda do gado, vivo, nas feiras de Pernambuco, Bahia e Minas Gerais. Nesses caminhos, o gado chegava abatido e sem valor, o que motivou o inicio da comercialização do gado abatido.
  • As Charqueadas ( metade do século XVIII) · Para o desenvolvimento do charque contri­buíram os ventos constantes, a baixa umidade relativa do ar, a existência do sal, o grande rebanho da capitania e a necessidade de poucos recursos para instalação das oficinas de charque. · As charqueadas possibilitaram uma divisão do trabalho e uma interpenetração comercial entre o sertão e o litoral; o surgimento de um mercado interno; o desenvolvimento de núcleos urbanos e uma diversificação da produção local, com o couro, sobretudo. · O couro por ser bastante usado pelos campo­neses, fez surgir uma "civilização do couro". · Do principal produtor de charque, Aracati, as oficinas propagaram-se para Acaraú, Sobral, Camocim e Granja. Dali a carne era levada para Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro, onde serviria de alimento para pobres e escravos. · No final do século XVIII, devido às secas (1777-78 e 1790 a 1793), à concorrência gaúcha e ao desenvolvimento da cotonicultura, o charque entrou em decadência.
  • O Algodão · O algodão, já conhecido dos índios, de início possuía pequeno cultivo, mas, com a demanda externa (provocada pela revolução industrial e pela guerra de independência dos EUA – 1774-83) houve uma grande expansão. · A cotonicultura foi praticada não só em latifúndios, mas também em médias e pequenas propriedades, possibilitando o binômio gado­-algodão. Pouco empregou a mão-de-obra negra. · Fortaleza tornou-se o maior centro coletor da produção algodoeira interiorana, fato que contribuiu para consolidá-Ia como principal núcleo urbano do Ceará na segunda metade do século XIX. · O auge do algodão cearense aconteceu durante a guerra da secessão norte-americana (1861-64). Também desenvolveram-se no Ceará colonial as lavouras de subsistência, a exploração

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